Psicanalista Sérgio Henrique

As Máscaras do Teatro

As máscaras do teatro — a comédia que sorri, a tragédia que chora — têm origem na Grécia Antiga. Elas não eram apenas adereços cênicos, mas símbolos de algo mais profundo: a dualidade da experiência humana. No palco, permitiam ao ator assumir múltiplos papéis. Na vida, revelam algo que Carl Jung chamaria de Persona — a máscara psíquica que usamos para nos adaptar à sociedade.

Jung descreveu a Persona como um arquétipo, uma face criada para atender às expectativas do mundo externo.

Por isso, aqui vai uma dica psicanalítica importante: não ligue para tentar entender os estados de humor alterado dos outros; no teatro social, o que é do outro, não traga para você. Reconhecer a Persona alheia é entender que todos estamos, de algum modo, representando. E, mais importante ainda, é saber quando o papel do outro não é seu para carregar.

Aprenda a ver além das máscaras — inclusive as suas.

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